Nessa terça-feira (28) começou a paralisação dos funcionários dos sistemas de trens e metrôs em São Paulo, a greve motivada pela contrariedade da privatização de diversos serviços, gerou caos na manhã paulista, com superlotação de ônibus e diversas pessoas tendo extrema dificuldade para chegar aos seus trabalhos.
Em meio a manifestação, o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou ser favorável a privatização dos sistemas de transporte de massas em São Paulo, e condenou a greve, a classificando como injusta.
“É o cidadão que fica sem transporte, que vai se acotovelar no ônibus, que vai demorar horas para chegar em casa ao fim do dia. Isso não é justo. Não está certo”, afirmou o político.
O governador continuou, dizendo que os estudos para uma futura privatização vão seguir: “As desestatizações, os estudos para concessões, não vão parar, não adianta fazer greve com esse mote. Nós vamos continuar tocando porque nós dissemos que faríamos isso. E a operação da Sabesp vai acontecer ano que vem, podem ter certeza disso, e vai ser um grande sucesso”.
Tarcísio ainda definiu a paralisação como política, e confiou no sucesso da futura privatização: “A operação da Sabesp acontecerá no ano que vem. E vai ser um grande sucesso. Do mesmo jeito que nós prometemos não aumentar a tarifa no primeiro ano de mandato e não aumentamos. Essa é uma greve política. Não é reivindicação por salário nem por outra medida trabalhista”.
Enquanto o governador paulistano defende a privatização, os organizadores da greve pedem, o fim das mesmas, e também a reintegração dos funcionários demitidos, após a última paralisação da categoria, que ocorreu em outubro. Os manifestantes ainda pedem o retorno dos serviços públicos que já deixaram de ser públicos.
Em meio ao caos no transporte público da maior cidade do Brasil, ainda existe a expectativa de que também haja paralisações em escolas da rede estadual de ensino e no atendimento da Sabesp.
Vale destacar que as linhas de metrô que já foram privatizadas estão funcionando normalmente, são os casos das linhas 4, 5, 8 e 9.