A inflação brasileira voltou a crescer no mês passado, o IPCA chegou 5,6% nos últimos 12 meses. Os gastos com a educação estão sendo indicados pelos institutos de pesquisa como os grandes responsáveis por essa alta.
O início do ano é o período quando as escolas reajustam suas mensalidades, e os colégios que oferecem ensino médio foram os que mais elevaram os preços, as mensalidades cresceram em torno de 10,28% segundo o IBGE, seguido de perto das instituições de ensino fundamental, com uma alta de 10,06%.
Segundo o IBGE o aumento de 2,8% nos preços de produtos relacionados a higiene são os vilões para alta de 1,26% no setor de cuidados pessoais.
A boa notícia fica por conta do setor de vestuário com uma queda de 0,24%, sendo o melhor índice inflacionário do mês.
Pela análise de especialistas do Banco Central a previsão é que a inflação continue se elevando, pelo menos até 2026. O Boletim Focus apresentou dados apontando uma expectativa de 5,89% de encerramento anual do Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo, vale destacar que seria um número maior do que os anos anteriores.
O IPCA é calculado desde 1980 e estuda consumidores de regiões urbanas, com uma renda de 1 a até 40 salários-mínimos de ganhos mensais.
Em meio a alta inflacionária o atual presidente Lula já demostrou vontade de alterar as taxas de juros junto ao Banco Central. Enquanto o governo sinaliza com uma possível mudança de 4,5%, o Banco Central até estaria disposto a conversar, porém defende uma alteração um pouco menor.
Economistas enxergam com desconfiança uma queda artificial da taxa de juros, já que a longo prazo a inflação pode atingir marcas ainda mais elevadas que as atuais.