O Fluminense vence sua primeira Libertadores dentro de um Maracanã lotado, contra o tradicional Boca Juniores. O tricolor carioca consegue seu primeiro título de campeão da América, após o doloroso vice de 2008.
O palco estava lindo, um Maracanã com pouco menos de 70 mil pessoas, sendo uns 70% de tricolores, e 30% de xeneize, no setor sul a torcida verde branca e grená trouxe um mar de bandeirinhas, e faixas nas cores do clube.
O jogo começa e quem tem o domínio e o Fluminense, pressionando o time argentino, e forçando ao erro o tradicional time de Boca. Aos 35 minutos Keno faz uma bela tabela com Arias, vai até o fundo e rola para German Cano, o argentino não perdoa, chuta no canto e abre o placar, a torcida vai a loucura, os argentinos se assustam e o primeiro tempo termina com todas as ações no controle do time de Laranjeiras.
No segundo tempo o Boca Juniores saiu para o jogo, mas não ofereceu grande perigo para o Fábio nos primeiros momentos de segunda etapa. Porém as 26 minutos, Advincula recebe na direita, puxa para o meio, e na entrada da aérea bate com a canhota, no cantinho do goleiro tricolor, que não tem chances de defesa. Com o empate dos argentinos a torcida azul e amarela acordou e cantou alto, o empate deixou o jogo bem tenso.
Aos 43 minutos da etapa final, Merentiel arriscou de longe, e a bola passou perto do ângulo de Fábio, assustando os tricolores, porém o Flu respondeu, em excelente bola de Lima, Diego Barbosa entra cara a cara com Romero, busca o canto, mas chuta para fora, tudo isso já aos 48 minutos.
No início da prorrogação o Flu começou controlando as ações e aos 8 minutos de tempo prorrogável, John Kenedy faz o gol mais importante de história do Fluminense, e que golaço, um belo chute após a ajeitada de cabeça de Keno.
De tanta emoção o artilheiro Kenedy foi comemorar com a torcida, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, trazendo um inexplicável misto de emoções para os torcedores do Flu em todos os cantos do mundo.
Ainda no primeiro tempo de prorrogação, o lateral xeneize Fabra, se estranha com Nino, e o agride com um tapa, após consulto no VAR, Wilmar Roldán expulsa o jogador do Boca, deixando os times em igualdade de atletas.
O segundo tempo de prorrogação começa tenso, com os argentinos tentando sufocar o Tricolor, porém sem grande criatividade, e aos 8 da última etapa prorrogável, Arias puxa contra-ataque, e faz um lançamento para Guga, que cara a cara com Romero acerta a trave no que seria o gol de consolidação do título.
Nos últimos minutos o Boca buscou uma pressão, porém o time de guerreiros fechou a entrada da área, e consolidou a vitória em 2 x 1, fazendo com que o Fluminense alcançasse o topo do continente pela primeira vez.
Após o apito final, grande festa na arquibancada e dentro de campo, o capitão Nino junto com um emocionado Felipe Melo levantam a tão esperada taça e fazem a volta olímpica com todo o elenco campeão da Libertadores da América 2023.