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Incêndios no Pantanal em 2024 e Cerrado Batem Recorde em 30 Anos

Incêndios no Pantanal em 2024 e Cerrado Batem Recorde em 30 Anos

Recorde Histórico de Queimadas

Os incêndios no Pantanal e no Cerrado atingiram níveis recordes no primeiro semestre de 2024, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o pior começo de ano desde 1988, quando as medições começaram.

Pantanal

O Pantanal registrou 3.262 focos de incêndio, um aumento de 22 vezes em relação ao mesmo período de 2023. Esse número supera o recorde anterior de 2020, que teve 2.534 focos. As chamas no Pantanal têm causado devastação significativa, especialmente na região de Corumbá e Porto Murtinho, na fronteira com a Bolívia. No primeiro semestre de 2024, o bioma já registrou um aumento de 39,3% nos focos de incêndio comparado ao mesmo período do ano passado. A área atingida pelos incêndios pode chegar a 28 mil hectares, equivalente a 30 mil campos de futebol​ .

Cerrado

O Cerrado teve 12.097 focos de incêndio em 2024, um aumento de 32% em comparação com 2023. Cerca de 53% dessas queimadas ocorreram na região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde as chuvas foram insuficientes para combater os incêndios.

Medidas Adotadas

Declaração de Emergência

O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por 180 dias devido aos incêndios no Pantanal. Esta medida permite a mobilização de recursos adicionais e facilita a implementação de ações de combate ao fogo. A área devastada pelas queimadas chegou a 627 mil hectares, sendo 480 mil em Mato Grosso do Sul e 148 mil em Mato Grosso, conforme dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mobilização de Brigadas de Incêndio

Para enfrentar os incêndios, brigadas de incêndio foram mobilizadas em várias regiões afetadas. Estas equipes são compostas por bombeiros, voluntários e membros da Defesa Civil. No Pantanal, as equipes estão atuando em áreas críticas como o Parque Estadual Pantanal do Rio Negro e seu entorno. Em muitas dessas áreas, o fogo é combatido diretamente no solo, enquanto aeronaves são usadas para despejar água e retardantes de fogo em pontos inacessíveis​ .

Uso de Tecnologia e Monitoramento

O governo tem utilizado tecnologias de monitoramento, como imagens de satélite e drones, para identificar e controlar novos focos de incêndio rapidamente. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) fornece dados atualizados sobre a localização e a intensidade dos incêndios, permitindo uma resposta mais eficaz. Além disso, sensores de temperatura e umidade são usados para prever áreas de risco e planejar ações preventivas.

Campanhas de Conscientização e Prevenção

Campanhas de conscientização têm sido realizadas para alertar a população sobre os riscos das queimadas e a importância da preservação ambiental. Estas campanhas incluem ações educativas em escolas, comunidades rurais e junto aos agricultores, que são incentivados a adotar práticas agrícolas sustentáveis e evitar o uso do fogo para a limpeza de terrenos.

Repressão às Atividades Ilegais

A fiscalização foi intensificada para reprimir atividades ilegais que contribuem para os incêndios, como queimadas não autorizadas e desmatamento ilegal. Operações de fiscalização são realizadas em parceria com órgãos ambientais, como o Ibama e a Polícia Ambiental, que aplicam multas e apreendem equipamentos utilizados em práticas ilegais. Em algumas regiões, checkpoints foram estabelecidos para monitorar o transporte de materiais inflamáveis e coibir ações criminosas.

Amazônia

Os incêndios na Amazônia também são alarmantes, com 12.696 focos no primeiro semestre de 2024, o pior desde 2003 e 2004. Em relação a 2023, houve um aumento de 76% no número de queimadas.

Causas e Impactos

Os incêndios no Pantanal e Cerrado foram exacerbados por uma combinação de fatores climáticos adversos e atividades humanas. A seca prolongada e as altas temperaturas contribuíram significativamente para a propagação das chamas. Além disso, a prática ilegal de queimadas para a limpeza de terrenos e a expansão agropecuária agravam a situação. No Pantanal, o fogo começou como incêndios subterrâneos, queimando turfa no subsolo, e rapidamente se espalhou para a vegetação seca​ 

Impactos Ambientais

Os incêndios têm causado devastação em vastas áreas de vegetação nativa, resultando na perda de biodiversidade. Espécies endêmicas estão ameaçadas, e habitats críticos estão sendo destruídos. A fumaça gerada pelas queimadas também tem afetado a qualidade do ar, causando problemas respiratórios na população local e em áreas urbanas próximas.

Impactos Sociais e Econômicos

As comunidades locais estão enfrentando dificuldades devido aos incêndios. A destruição de pastagens e áreas agrícolas está afetando a produção de alimentos e a economia regional. Além disso, os incêndios estão colocando em risco a saúde e a segurança das populações rurais, que muitas vezes dependem diretamente dos recursos naturais para sua subsistência.

Resposta Governamental e Internacional

Ações Locais

O governo brasileiro tem implementado diversas medidas para combater os incêndios, incluindo a mobilização de brigadas de incêndio, o uso de aeronaves para combate aéreo e a imposição de multas para práticas ilegais de queimadas. No entanto, a extensão e a intensidade dos incêndios têm desafiado os recursos disponíveis.

Apoio Internacional

Organizações internacionais e ONGs ambientais têm oferecido suporte técnico e financeiro para ajudar no combate aos incêndios. Parcerias internacionais estão sendo formadas para fornecer equipamentos, treinamento e assistência na recuperação das áreas afetadas.

Sustentabilidade a Longo Prazo

Especialistas destacam a importância de políticas de conservação e manejo sustentável das florestas para prevenir futuros incêndios. Investimentos em pesquisa, monitoramento ambiental e educação são cruciais para proteger o Pantanal, o Cerrado e outras regiões vulneráveis.

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